No horizonte em seda
vejo a existência do teu amor
e na linha curva, o sonho que nasce do espasmo.
Vem com a cor do oriente
aos meus olhos se prender.
Perante a lonjura incriada, cerro os olhos
e guardo a cor do momento.
No horizonte.
nasce dentro de mim o tempo
das coisas belas que se talham
com a leveza da luz
e com o afago da palavra inteira.
É no horizonte que vejo
as raízes da alma verdadeira.
Perdoa-me!
Perdoa-me, se não nascem em mim
palavras de anjo,
nem o vício perpétuo do desejo
das noites contigo,
aquelas que unem os corpos em mistério
e no prazer que dura no beijo.
Confesso que é no horizonte
que vejo a ilusão do sonho
pois o amor nasce da paixão.
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