No horizonte em seda vejo a existência do teu amor e na linha curva, o sonho que nasce do espasmo. Vem com a cor do oriente aos meus olhos se prender. Perante a lonjura incriada, cerro os olhos e guardo a cor do momento. No horizonte. nasce dentro de mim o tempo das coisas belas que se talham com a leveza da luz e com o afago da palavra inteira. É no horizonte que vejo as raízes da alma verdadeira. Perdoa-me! Perdoa-me, se não nascem em mim palavras de anjo, nem o vício perpétuo do desejo das noites contigo, aquelas que unem os corpos em mistério e no prazer que dura no beijo. Confesso que é no horizonte que vejo a ilusão do sonho pois o amor nasce da paixão.