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baloiço vazio

                                vagas são as lembranças tingidas no rosto erguido na poalha da luz ocos estão os gestos levados nas sombras  do baloiço vazio  no último dia de Setembro indignadas as hortências  bordejam a quietude  Zita Viegas

Solitário

https://www.google.pt/searchq=sem+abrigo&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwion7iE2qLXAhUDWRoKHbYTBIoQ_AUICigB&biw=1280&bih=679#imgrc=tfMp3T-OUJ_yPM:                                           O olhar tocado pelo plúmbeo adormecer das ruas da cidade despovoada e nos pés plantados de cansaço rumorejam no empedrado fundo de engano. Entorpecidos vagabundos do tempo fundam nos bolsos mãos anémicas vítimas sem recursos que tecem ansiedades  e fendem pensamentos em atalhos. Mitigam odores cores e frestas procuram um laço, um sorriso, um ombro sentindo a palidez na boca de um pacífico caule da mortalha descontinua. Passos ocos atravessam a noite num adormecido quadro de horas cismadas, sem choro, no riscar dos dias a lâmina da noite, faz febril o corpo. Na concha da mão envelhecem perturbando a solidão que o gatilho da esquina guarda para num só esforço, suspirarem tentações e subirem no esquecimento. Zita Vieg