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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2018

jura o verbo à palavra

jura o verbo à palavra na pausa inundada de confissão improvável. jura a mão cheia de riqueza, sem valor no eco da voz, ilusão. lançado o adjectivo. ao verbo, entre dentes jura, com juras de poder. o erro vai no tempo. a jura sagrada, cai em folha sem fortuna Zita Viegas

medula da vida

Fotografia que ornamenta a página com o poema "No bater de duas asas", título e fotografia de Jorge Santos  http://namastibet.blogspot.com possuo o corpo no seu exilio deixando lasso o lado esquerdo na boca colho o sémen em comunhão com a água no seu sopro d' instante no último existir, coloco as mãos em arco em jeito de dádiva. todos os rumores da terra adormecem. não me basta o espanto para abrir o espírito. entrego-me ao porte das árvores libertando-me na medula da vida Zita Viegas

ilha

  ‎Fernando A. Pimentel‎ para AÇORES UNIDOS. -  30/01, Cordilheira Vulcânica Central da ilha de S.Jorge corpo em curva braços longilíneos és mulher de lava e de fogo de branco, aurora de azul, mundo entre bruma e renda de espuma dormes com o mar.   és amante dos rios e do calado dos navios de colo esmalte fulvo  de maré prenhe teu ventre redondo une a terra à curva do céu parindo a rota da proa além-mar, terra à vista!  és umbigo.    nó d` amarra no cais onde a gaivota anuncia o berço do mar  és promessa de vela de brisa e de manhã mulher que borda a terra   da barca que nasce no mar    Zita Viegas