Fotografia que ornamenta a página com o poema "No bater de duas asas", título e fotografia de Jorge Santos http://namastibet.blogspot.com
possuo o corpo
no seu exilio
deixando
lasso o lado esquerdo
na boca colho
o sémen
em comunhão com a água
no seu sopro d' instante
no último existir,
coloco as mãos em arco
em jeito de dádiva.
todos os rumores da terra adormecem.
não me basta o espanto
para abrir o espírito.
entrego-me ao porte das árvores
libertando-me
na medula da vida
Zita Viegas
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