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Que pouco fosse, mas que para sempre me fizesse menina

Se fosse calor, vestir-me-ia de estação. Se fosse videira, comeria a terra. Se fosse trago, beberia a uva. Se fosse contigo... colheria flores. Sempre que o Outono fosse vinda. Sempre que o Verão fosse haste de bonomia. Com braços inclinados ao chão, para a vida, tomaria o corpo do vinho. Que pouco fosse, mas que para sempre me fizesse menina. Zita Viegas

nada há em mim

https://www.google.com/search?q=cura+para+mim+em+mim&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiW3MbthtrjAhUiyoUKHT2aBloQ_AUIEygD&biw=1360&bih=667#imgrc=4J4z16qVe7gDZM: Ninguém me culpe por nada merecer. Nunca fui motivo p´ra existência. Só na terra de folhas com folhas. Está a cura de mim para mim. Nada há em mim. Deixei tanto sonho ignorado. Hoje, gaguejo ilusões. Para os anos que me sobram.  De imperfeição e im pudor.  Desfeito o espanto aberto. Com o peso de ser. Sinto a alma perto do chão . Com os olhos dentro do rosto. Nunca me deixei tocar aos poucos. Pelos outros t ão menos. Tampouco me imitei. Nem nos vingativos prazeres dos corpos. Zita Viegas