Peito com lonjura no eterno escafandro. À tona, o mar guarda a proa. Nas fontes, a vontade da terra jorra azul. Vai como as aves, zarpar na madrugada a inocência. Entre os abismos, o mar acorda a ferocidade. Nas veias do sol, na vibração do vento. As águas lavram geografias e quimeras. A liberdade. é dom do mar. No fundo, sombras em metamorfose. Dormem pretéritos. Entoam bravuras. Sob o ouro das estrelas nascem liras e pensamentos de cidades idas. Crescem mitos e labirintos, nas rochas amadurecidas sem tempo. Volante das águas, a lua talha a face do universo. Na viagem abre gargantas extáticas, moldadas nas altas torres frias. Sob o sol arde o gelo, cortado pelo gume do fogo. Quase aéreo, o mundo permanece preso à espinha da raiz. Mais próxima da alma ficam as estações. São como mulheres pelo lado de dentro, levam no regaço o voo do êxodo. O mar cresce de véspera no fundo. Cresce em vertigem sobre as dunas. Mas a água rachada
Quem tem a razão dos pássaros em sinais de fumo
ResponderEliminarA ilusão de doze mundos, a raiva dos furibundos ...
quero dos pássaros o instante do bater das asas. Obrigada.
ResponderEliminarA minha consciência de viver é um cortinado branco e a deriva uma constante o instante uma bandeira e o horizonte o largar do navio, o dizer adeus cortante, dilacerantes como são os navios em mar alto, a minha consciência de viver é branca como a neve...
Eliminaro fundo do mar guarda a proa, o peito e a lonjura na ausência da sombra.
EliminarBreves leves as sombras das algas molhadas dando mãos e largando-as como se fossem encarnações de náufragos e naufrágios e o bater das ondas nos cascos
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