gozo
As tuas mãos exalam perfume,
segregam desejo.
Germina fogo da tua pele.
De braços estendidos ao encontro da noite
trazes a arte do lume.
Fagúlhas altas em forma de suspiro
içam os seios intumescidos.
No corpo alado
lavras a terra molhada
pelos poços secretos
onde florescem rosas e néctar de romã.
No regaço recortado a pétalas
e no ventre tingido a mel
o hálito cose-se
ao bordado do prazer.
Imponente embainhas
a espada na ferida
soltando o grito latejante
sem misericórdia.
Zita Viegas
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