Noites são casas onde as mulheres se demoram. Há paredes e fustes sitiados de rostos. Silêncios aplainados às portas e janelas que guardam os segredos da carne. Noites são casas que têm mulheres dentro, como escadas que os homens sobem, degrau a degrau. Noites são casas cheias de estrelas áridas, paradas nos olhos das mulheres. Têm luzes rachadas, abertas nas faces tingidas com solidão e amargo pudor. Casas são femininos nocturnos, onde entram noctívagos com olhares selváticos em agonizante êxtase. Casas com mulheres que adornam a carne quebrada, o regaço batido e o sono da fadiga. Noites são casas vestidas de pele que se cobre de pérolas frias e de correntes adormecidas no peito. Casas são noites com mulheres que guardam espadas de amores bárbaros que na ilharga penduram países, terras inimigas e cidades longínquas. Noites são casas onde as mulheres se demoram para ouvir o tambor que e...